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Palheiros da Costa Nova
Avenida José Estêvão
Costa Nova
3830 Ílhavo
GPS: 40º36’52.632’’ | -8º44’59.222’’
Os palheiros da Costa Nova são famosas e castiças casas de riscas existentes na praia com o mesmo nome, originalmente em tons de vermelho ocre e preto, utilizados como antigos armazéns de alfaias da pesca.
Até inícios do século XIX a Costa Nova era um extenso areal desabitado mas, após a fixação da Barra do Porto de Aveiro, os pescadores das campanhas piscatórias de Ílhavo mudaram-se para a Costa Nova e começaram a construir “palheiros” para guardarem as redes e outros materiais associados à pesca.
Estes eram inicialmente amplos e sem quaisquer divisões interiores e, mais tarde, divididos com tabiques de madeira que eram “decorados” com conchas de ostras. Simultaneamente, as famílias dos seus sócios, escrivães e “arrais” de outras companhias foram sendo atraídas para a zona nos meses de verão e outono, transformando-os nos atuais “palheiros”, com riscas coloridas, bem à “moda burguesa de ir a banhos” da segunda metade desse século, para que pudessem servir como habitação na estação balnear.
Palheiro José Estêvão
O Palheiro José Estêvão, mandado construir por Manuel de Moura Vilarinho, em 1808, é um belo exemplar dos originais palheiros da Costa Nova, que se mantém na tonalidade original – o vermelho ocre. A meados desse século o parlamentar José Estêvão adquiriu-o e ainda hoje se encontra na posse dos seus descendentes, onde reunia alguns dos grandes nomes da cena artística nacional e políticos da época como Eça de Queirós, Guerra Junqueiro e Oliveira Martins, associados à “Geração de 70” e ao movimento do “realismo”.