1.º Encontro Políticas Públicas no Envelhecimento

Em resultado do 1.º Encontro de Políticas Públicas, que teve lugar no dia 27 de outubro de 2020, no Cais Criativo da Costa Nova, foram redigidas recomendações propiciadoras de mudança e de incremento de qualidade dos serviços prestados à população mais velha.

Recomendações:

Criar plataformas de entendimento/participação que envolvam as pessoas idosas naquilo que é o processo da tomada de decisão, sendo mais conscientes e participativas, propondo a criação de Assembleias Seniores e orçamentos participativos seniores;
Criar startups que promovam o emprego para pessoas com mais de 55 anos;
Criar projetos de rastreio das demências com a devida intervenção, garantindo avaliações holísticas das pessoas idosas, proporcionando uma intervenção mais adequada às reais necessidades;
Criar projetos adaptados a cada território e constituição de equipas multidisciplinares para combater a solidão, estando sob alçada dos Municípios, bem como a constituição de bancos de voluntariado;
Criar dinâmicas de trabalho intermunicipais na área do envelhecimento;
Aumentar os níveis de acessibilidade através da descentralização de serviços e equipamentos às pessoas idosas, como a criação de unidades móveis que se desloquem a diferentes freguesias;
Aumentar o número de recursos humanos qualificados nos Municípios que desenvolvem projetos na área do envelhecimento, para poder ir ao encontro das necessidades da população idosa;
Implementar Pelouros e Núcleos dedicados exclusivamente às pessoas idosas nos Municípios;
Promover atividades intergeracionais numa pós-pandemia. A criação de Projetos Intergeracionais deve ser desenvolvida pela Rede Social dos diferentes Municípios, devendo existir profissionais formados para o desenvolvimento destas iniciativas;
Desenvolver um modelo de apoio à vida independente. Este modelo dá resposta às necessidades da pessoa idosa, promovendo a autonomia e evitando a institucionalização ou, pelo menos, atrasando a institucionalização;
Melhorar os serviços de apoio domiciliário, personalizando-os, com a inclusão de cuidados de saúde adaptados a cada uma das pessoas, nomeadamente levando até às pessoas serviços de fisioterapia, estimulação multissensorial, entre outros;
Reformular o sistema de financiamento das respostas sociais, adequando as transferências financeiras aos níveis de autonomia e dependência das pessoas idosas, tendo em observância a sua heterogeneidade;
Criar uma plataforma informática onde as entidades/parceiros poderão partilhar informação de relevo da pessoa idosa, possibilitando a criação de um plano individualizado;
Melhorar a articulação entre as instituições e os municípios, através da criação de Redes Gerontológicas;
Reformular a resposta de Centro de Dia, pois é notório que cada vez mais os centros de dia são resposta para pessoas que efetivamente necessitam de outro tipo de cuidados, não assentes naquele tipo de serviço e, sim, com outras especificidades;
Realizar adaptações arquitetónicas nas instituições, de forma a ser possível trabalhar distintamente com pessoas com patologias, níveis de autonomia e dependência diferenciados, adaptando, igualmente, os quadros de pessoal;
Melhorar a articulação entre as instituições e os municípios, através da criação de Redes Gerontológicas;
Reformular a resposta de Centro de Dia, pois é notório que cada vez mais os centros de dia são resposta para pessoas que efetivamente necessitam de outro tipo de cuidados, não assentes naquele tipo de serviço e, sim, com outras especificidades;
Realizar adaptações arquitetónicas nas instituições, de forma a ser possível trabalhar distintamente com pessoas com patologias, níveis de autonomia e dependência diferenciados, adaptando, igualmente, os quadros de pessoal;
Equacionar a implementação da resposta de Co-Housing como uma alternativa válida, a partir das habitações sociais existentes;
Redesenhar o programa desportivo para seniores;
Desenvolver atividades presenciais e no acompanhamento domiciliário, fomentando o convívio, de acordo com as normas em vigor, a aprendizagem ao longo da vida, a partilha e acima de tudo, contribuindo para a correlação positiva que já se verificou existir entre o envelhecimento ativo e a felicidade;
Dar continuidade a uma forma de trabalho regrada mas presencial, abandonando assim a ideia de teletrabalho no que respeita ao apoio ao público sénior.

Entidades Envolvidas na criação das Recomendações:

Câmara Municipal Ovar
Câmara Municipal de Ílhavo
Câmara Municipal de Oliveira do Bairro
Câmara Municipal de Penacova
Câmara Municipal de Anadia
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Instituto Superior Serviço Social do Porto
CLDS Vagos
CLDS de Anadia
CLDS de Sever do Vouga
Santa Casa Misericórdia da Chamusca
Lar S. José
Centro Social Paroquial Nª Senhora da Gafanha da Nazaré
Centro Ação Social do Concelho Ílhavo

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