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João Carlos Celestino Gomes
Nascido em Ílhavo, a 5 de Outubro de 1899, João Carlos Celestino Gomes cedo demonstrou ser um artista singular.
Aos 15 anos colaborou no prestigiado jornal ilhavense "O Nauta" sob o pseudónimo de Carlos Doherty. Em 1927 fez a suas primeira exposição no "Clube dos Novos" onde predominavam os retratos. Durante os seus estudos preparatórios médicos, no Porto, fundou a revista literária "Húmus", frequentou ateliers de grandes artistas da época. Na sua terra fundou e dirigiu o jornal "Beira-Mar" e foi um dos cofundadores de agremiação cultural "Pleide Ilhavense".
Celestino Gomes dedicou-se à xilogravura, a pequenos guaches e aguarelas e também a grandes óleos como "Retrato de Mulher do Artista", "A Promessa" ou "Autorretrato". Terminou o curso de medicina em 1927. Em 1929 foi médico municipal de aldeia Galega, passando depois por Montijo, Santarém e Lisboa, onde se veio a fixar, exercendo uma ação notável de luta contra doenças pulmonares, aliando o seu papel de artista ao de médico ao ilustrar diversas obras de educação sanitária.
Médico conhecido, teve uma atividade contínua de divulgação higiénica na colaboração permanente (a partir de 49) no Diário De Notícias com a rubrica "É bom poupar a Saúde" e vários livros de "História da Medicina" e "Maratona das Novidades, ambas em 1958 quando iniciou "Haja Saúde" na RTP.
Aos 50 anos, João Carlos recordou as suas viagens, os seus companheiros do Porto, memórias dos heróis ilhavenses em jornadas de "Borda de Água". A variedade da sua expressão plástica, levou os seus contemporâneos a apreciá-lo como "artista, artificie e criador".
João Carlos Celestino Gomes faleceu a 11 de novembro de 1960, na sua casa de Lisboa, tendo sido sepultado em Ílhavo, como era seu desejo.