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O circo contemporâneo regressa a Ílhavo com seis estreias nacionais
O LEME, festival de circo contemporâneo, regressa ao Município de Ílhavo de 30 de novembro a 3 de dezembro. Ílhavo, Gafanha da Nazaré e Vista Alegre recebem oito companhias, de nove países, que representam cerca de cinco dezenas de pessoas de 14 nacionalidades.
O LEME acolhe, ao longo de quatro dias, cinco estreias nacionais, uma antestreia e uma estreia absoluta, em 30 exibições de oito espetáculos e quatro projetos da categoria Navegar (secção dirigida aos estudantes/criadores das escolas de circo portuguesas que apresentam trabalhos em construção). Na componente formativa, promovem-se seis oficinas, duas formações internacionais e um fórum internacional em coordenação com o BETA Circus, projeto europeu financiado pela União Europeia, e o Space Circus, em espaços de encontro e reflexão entre profissionais, artistas e estudantes de circo contemporâneo em que já se encontram inscritas mais de 80 pessoas de 16 países.
A criação apoiada desta edição é do coletivo Coração nas Mãos, que apresenta “Vagalume”, uma reflexão sobre saúde mental a partir das técnicas de acrobacia mão-a-mão e aéreos, com estreia marcada para o primeiro dia do festival. No decorrer do processo de criação, é possível assistir a um ensaio aberto do espetáculo, no contexto da Noite Europeia do Circo, a 18 de novembro, na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré.
Da programação deste fazem ainda parte o “Yin 2.0”, da francesa Cie. Monad, que junta malabarismo e movimento; o areal de cortiça de “QOROQ”, do Kolektive Lapso Cirk (Espanha e Eslovénia); a performance “Spiderman is back in town”, do coletivo italiano Tony Cliffton Circus, que altera o espaço através do desconforto da presença humana; a “escultura gigante portátil”, semelhante a uma roda cyr, de “Inertie”, da francesa Underclouds Cie; “Parque Central”, da portuguesa Erva Daninha, que cruza técnica de circo com situações, ações e objetos do quotidiano; “Exit”, do coletivo belga Cie. Circumstances, que apresenta um espetáculo de movimento acrobático coreogragado através de uma estrutura com várias passagens possíveis; e ainda “Rollercoaster”, de Wes Peden, que encerra o festival naquilo a que o artista chama “malabarismo ultra-moderno pop-punk” num cenário repleto de tubos e outros objetos coloridos.
A categoria Navegar, que integra novos criadores, apresenta quatro espetáculos, com várias apresentações, contando com projetos selecionados em concurso: Dayse Albuquerque (BR), Pedro Miguel Rosa (PT), María López del Peso e Ariel Pizarro Albornoz (CL) e Inês Pinho (PT).
O festival conta ainda com um momento de celebração, na noite de sábado, a partir das 23:30, com o dj set de Progressivu e a festa “Partimento”.
Nesta quinta edição, o LEME repensa o mote da edição zero, em 2017, em que questionou as possibilidades do circo contemporâneo através do mote “E se o circo não tivesse limites, mas coubesse em todo o lado?”, voltando, este ano, a ocupar espaços improváveis no acolhimento de espetáculos e a repensar os espaços e os objetos artísticos e como se relacionam e transformam reciprocamente.
O LEME é organizado pelo Município de Ílhavo, através do projeto cultural 23 Milhas, em parceria com a Bússola, organização de desenvolvimento de projetos artísticos.