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Navio-Museu Santo André comemora 14.º aniversário com visita encenada
O Navio-Museu Santo André comemora no próximo domingo 14 anos de homenagem à pesca do bacalhau por navios de arrasto. Após quase meio século ao serviço da pesca do bacalhau, em 2001 o Santo André passou a assumir o papel de Navio-Museu, iniciando aí um novo ciclo de vida. Para comemorar mais um aniversário, este pólo do Museu Marítimo de Ílhavo tem agendadas para domingo, às 15h00 e às 17h00, duas sessões da visita encenada “Em Breve nos Abraçaremos”, conduzidas pelo encenador Graemme Pulleyn.
Nestas visitas encenadas, o Navio-Museu Santo André recebe a visita de um antigo tripulante muito especial, que vai surpreender o público mais curioso. Quem aceitar o desafio e embarcar nesta viagem irá ouvir magníficas histórias sobre as pescarias do bacalhau nos mares da Terra Nova e da Gronelândia e conhecer os seus principais protagonistas. Será uma visita única que percorre, da proa à ré, um dos mais emblemáticos navios bacalhoeiros da frota portuguesa.
A primeira edição desta visita encenada, que se realizou no Festival do Bacalhau 2014, teve tanto sucesso que será, então, reposta no próximo domingo. A lotação é limitada e os bilhetes (gratuitos) podem ser levantados no Museu Marítimo de Ílhavo ou no próprio Navio-Museu Santo André.
Das 14h00 às 18h00 de domingo, as visitas ao Navio-Museu são, também, gratuitas.
Navio-Museu Santo André
O Navio-Museu Santo André, um pólo do Museu Marítimo de Ílhavo, fez parte da frota portuguesa de bacalhau e pretende ilustrar as artes do arrasto. Este arrastão lateral (ou clássico) nasceu em 1948, na Holanda, por encomenda da Empresa de Pesca de Aveiro. Era um navio moderno, com 71,40 metros e porão para vinte mil quintais de peixe.
Nos anos 80 surgiram restrições à pesca em águas exteriores que resultaram na redução da frota e no abate de boa parte dela. O Santo André não escapou à tendência e, a 21 de agosto de 1997, foi desmantelado. Sobrava a memória de um navio emblemático e havia a necessidade de preservá-la. Para tal, foram conciliadas ideias e esforços. O armador do navio, António do Lago Cerqueira, Lda., (pescas Tavares Mascaranhas, S. A.) e a Câmara Municipal de Ílhavo acordaram transformar o velho Santo André em Navio-Museu.
Concretiza-se, então, o sonho de quantos viveram a epopeia do bacalhau. O Santo André fora salvo. Não teria o mesmo destino de outros arrastões da sua geração, cuja memória se perdeu entre as sucatas. Convertido em museu em 2001, o Santo André iniciou um novo ciclo de vida, visando mostrar aos presentes e vindouros como foram as pescarias do arrasto do bacalhau e honrando a memória de todos os seus tripulantes durante meio século de atividade.
O Navio-Museu Santo André está ancorado no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré.