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Museu Marítimo e Biblioteca Municipal comemoram centenário de Bernardo Santareno
A propósito do centenário do nascimento de Bernardo Santareno, celebrado a 19 de novembro de 2020, o Museu Marítimo de Ílhavo e a Biblioteca Municipal de Ílhavo vão lançar, entre os dias 19 e 22 de novembro, um conjunto de vídeos nas respetivas páginas de Facebook, que evocam a obra do dramaturgo e médico da frota bacalhoeira.
Durante quatro dias serão lançados dois vídeos por dia (um de manhã e outro à tarde), com leituras de excertos da obra de Bernardo Santareno, alguns dos quais encenados: “Nos Mares do Fim do Mundo”, encenado por alguns participantes em projetos de teatro de comunidade do Município de Ílhavo; “Heróis do Mar”, encenado por jovens do projeto de formação de teatro +Palco; e poesia, recitada por colaboradores da Câmara Municipal de Ílhavo.
A Câmara Municipal de Ílhavo, através do Museu Marítimo e da Biblioteca Municipal, associa-se, assim, às comemorações do centenário de Bernardo Santareno, que estão a decorrer em todo o país, organizados através de uma Rede Nacional de Parceiros, informal, entre câmaras municipais, museus, universidades, teatros profissionais e amadores, e outras organizações, e também de pessoas individuais, que tem como objetivos a produção de obras de criação e ações de divulgação centradas na obra de Santareno, numa iniciativa que teve origem na Escola de Mulheres.
Bernardo Santareno, pseudónimo literário de António Martinho do Rosário (1920-1980), é considerado o maior dramaturgo português do século XX. Licenciou-se em medicina em 1950 e entre 1957 e em 1959 exerceu atividade médica junto da frota bacalhoeira portuguesa na Terra Nova. Esta experiência deu origem, no imediato, a uma coleção de textos escritos em pequenos blocos de notas, que mais tarde resultariam no livro "Nos Mares do Fim do Mundo" (reeditado pelo Museu Marítimo de Ílhavo com a E-Primatur), mas também em algumas das suas mais famosas peças, como "O Lugre" ou "A Promessa". Bernardo Santareno iniciou-se na escrita como poeta, sendo os seus três primeiros livros coleções de poesia. A partir de 1957, o teatro foi registo de eleição, tendo escrito 15 peças.