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Exposição temporária 'Diálogos. Na beleza das obras contemplamos a beleza do criador'
Numa experiência de comunhão e partilha, os bispados de Aveiro, Guarda, Lamego e Viseu apresentam um projeto expositivo conjunto, que foi inaugurado no passado dia 9 de julho, no Museu Diocesano de Lamego, transitando posteriormente para as restantes dioceses até outubro de 2022.
Em Ílhavo, a inauguração da Exposição está agendada para o dia 22 de outubro (sexta-feira), às 17h00, na Casa da Cultura de Ílhavo (Sala de Exposições).
A realização desta iniciativa em parceria das quatro dioceses ocasiona a ampliação do acesso à fruição dos bens culturais da Igreja, bem como a troca de experiências e o confronto de especificidades e identidades entre o património deste vasto território, no quadro de uma mesma Igreja. Este trabalho em comunhão tem também efeito positivo na articulação de competências técnicas e científicas e na utilização de recursos financeiros que sabemos serem muito limitados.
A estes projetos está sempre associada a salvaguarda do património, promovida pelas intervenções de conservação e restauro das obras que vão ser expostas. Trata-se de uma oportunidade para possibilitar a fruição a um público muito alargado de obras que na sua maioria não se encontram ao culto. Muitas dessas peças não seriam intervencionadas a não ser no contexto de exposições temporárias. Neste âmbito é muito significativo o contributo para a preservação e conhecimento do nosso património cultural motivado por este tipo de iniciativas.
O programa expositivo compreende meia centena de peças de diversas tipologias artísticas, como a pintura, a escultura, a azulejaria e a ourivesaria, dos períodos medieval, moderno e contemporâneo, provocando o cruzamento de diferentes propostas estilísticas e iconográficas. As obras seleccionadas pelas equipas das quatro dioceses permitem compreender a temática que estrutura a exposição: a complexidade e interesse dos diálogos que se desenvolvem entre o artista e os materiais que utiliza para a criação de obras de arte, os quais são fruto da criação de Deus, são materiais que o homem/artista vai buscar à natureza, para os transformar em peças de arte que “falam de Deus”, que são motivadoras de diálogos com os homens que através delas se aproximam de Deus.
Neste alinhamento, em diálogo com as obras de arte são integrados os materiais da natureza, possibilitando o confronto visual das duas realidades, a material e a peça que o artista foi capaz de retirar de materiais similares. A percepção do alcance da ação das mãos humanas sobre os materiais será ampliada através da inclusão de algumas das ferramentas utilizadas na sua execução, bem como de alguns registos expressivos da cultura católica, facilitadores da “leitura” das obras de arte expostas por crentes e não crentes.