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Dia Nacional do Mar
O Museu Marítimo de Ílhavo assinala o Dia Nacional do Mar no próximo sábado, 19 de novembro, com dois momentos chave: a inauguração da exposição “Meia Laranja” , de Hermano Noronha, e lançamento do respetivo catálogo; e uma versão muito especial das Visitas Salgadas, no âmbito do projeto de comunidade com as instituições CERCIAV e CASCI.
Visitas Salgadas2 (ao quadrado)
O Museu Marítimo de Ílhavo promove, pela última vez, as Visitas Salgadas numa edição muito especial, com a participação ativa de pessoas com deficiência intelectual. Esta visita encenada desenvolvida no seguimento de uma colaboração com o CASCI (Centro de Ação Social do Concelho de Ílhavo) e com a CERCIAV (Cooperativa para a Educação e Reabilitação dos Cidadãos Inadaptados de Aveiro) realiza-se no dia 18 de novembro (sexta-feira), às 14h30 e às 19h00, e também no dia 19 de novembro (sábado), às 19h00, no contexto das comemorações do Dia Nacional do Mar.
Pela última vez, parte o lugre de outros tempos, encerrando o ciclo de visitas que, desde 2012, prometeram ser salgadas. Os tripulantes serão muitos, para que os olhares se multipliquem.
As Visitas Salgadas2 têm entrada gratuita, com sessões limitadas a 30 pessoas. As inscrições devem ser realizadas por email (museuilhavo@cm-ilhavo.pt) ou por telefone (234329990).
Exposição de fotografia “Meia Laranja”
No âmbito das comemorações do Dia Nacional do Mar, o Museu Marítimo de Ílhavo inaugura no próximo sábado, 19 de novembro, às 17h30, a exposição de fotografia “Meia Laranja”, de Hermano Noronha. No sábado será também lançado o catálogo da exposição.
Quem conhece a Praia da Barra, em Ílhavo, e já percorreu o molhe da Meia Laranja ao vento agreste que ali faz, compreende bem a densidade cultural e a carga semiótica desta expressão. No imaginário local e de toda a região lagunar de Aveiro permanecem vivas e contundentes as imagens associadas ao lugar: os lugres bacalhoeiros, de pano aberto, saindo a barra, esguios e imponentes, e as mulheres dos seus tripulantes, correndo e acenando no paredão, em choros copiosos. Ílhavas, gafanhoas, murtoseiras, nazarenas, competindo na saudade, quais viúvas de vivos. No ansiado regresso, eram idênticas as reações e maior o drama.
Na sequência de trabalhos anteriores em que expressou a sua inquietação artística pelas meta-narrativas da sociedade portuguesa – memórias traumáticas, que flutuam entre a exaltação e o recalcamento –, Hermano Noronha voltou a puxar pelo fio da memória das guerras coloniais. Desta vez, a guerra de África é invocada na sua mítica relação com a pesca do bacalhau. É este o ponto nodal do projeto e é este o exorcismo libertador que o artista propõe na exposição “Meia Laranja”.
A exposição estará patente na sala de exposições temporárias do Museu Marítimo de Ílhavo até 2 de abril de 2017.
Hermano Noronha | Biografia
Hermano Noronha (1967) é mestre em Criação Artística Contemporânea, pela Universidade de Aveiro, pós-Graduado em Fotografia, projeto e Arte Contemporânea, pelo IPI-Atelier de Lisboa e licenciado em Educação Física e Desporto. Em 2015 é finalista no prémio Internacional EI Awards 2015 - Encontros da Imagem, sendo selecionado como artista CreArt para a Exposição Europeia 2015, com o projeto “Aveirense”. Em 2014 recebe a Bolsa Estação Imagem Mora 2014 e inicia o projeto “Presente”, frequentando também o curso “Da Ideia ao Projeto” sob orientação de Virgílio Ferreira no Museu Côa. No mesmo ano é ainda convidado para a Coordenação Científico-Artística da Residência Artística “Conviver na Arte 2014 – Campo de Estudos”, da Fundação Robinson. Em 2013 participa como Fotógrafo Emergente no Projeto “Entre Margens”, promovido pela Fundação Museu do Douro e coletivo Kameraphoto…. Em 1990, começa a trabalhar colaborando como fotógrafo na revista AI – Amnistia Internacional, na secção portuguesa