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Câmara Municipal alerta para o perigo da alimentação dos pombos para a saúde pública
A presença de pombos domésticos (Columba Livia) no centro da Cidade de Ílhavo, concretamente no Jardim Henriqueta Maia, conhecido “Largo do Bispo”, complementa a identidade deste centro urbano e a diversidade do seu ambiente envolvente. No entanto, o seu crescimento descontrolado pode facilmente transformar-se numa praga urbana prejudicando o equilíbrio ecológico da espécie e a comunhão com as pessoas.
A abundância e o fácil acesso ao alimento – indevidamente oferecido pela população – conduzem a uma reprodução descontrolada das aves e permite a convivência de animais saudáveis com animais doentes, levando ao enfraquecimento da espécie e à eventual propagação de doenças.
Os incómodos causados pela proliferação de pombos na cidade traduzem-se em riscos para a saúde pública através da transmissão de agentes patogénicos existentes nas aves, sublinhando-se ainda que o contacto com as fezes, ectoparasitas e penas pode causar problemas alérgicos, respiratórios ou outros. Podem ainda transmitir doenças como a Salmonelose, a Criptococose e a Ornitose, especialmente aos grupos mais vulneráveis da população (crianças, idosos e pessoas com sistemas imunitários enfraquecidos).
Neste sentido, a Câmara Municipal relembra que a alimentação de pombos ou outros animais na via pública é proibida pelo Regulamento do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos e Limpeza Urbana do Município de Ílhavo (alínea f do artigo 35.º).
A violação desta medida é o principal fator que conduz à proliferação descontrolada dos pombos na referida Praça (Jardim) e constitui uma contraordenação punível com coima variável entre 150 a 2.700 euros, nos termos do mesmo Regulamento.
Assim, a Câmara Municipal de Ílhavo apela à população para NÃO ALIMENTAR as aves no espaço público de forma a que estas possam dispersar, procurar alimento e nidificar noutros locais do seu habitat mais natural, assumindo o reforço da fiscalização aos munícipes infratores (que alimentam indevidamente os pombos na via pública).
A Autarquia reforça ainda que o excesso de aves comporta vários problemas, como sejam o elevado custo de limpeza e higienização de espaços públicos, o facto da presença das fezes dos animais nos edifícios, estátuas e mobiliário urbano, além de causar mau aspeto, potenciar a corrosão dos respetivos materiais e do mesmo modo, os restos de ninhos e excrementos provocarem entupimentos em sarjetas e algerozes drenantes dos telhados dos edifícios onde os animais mais frequentemente repousam, potenciando a sua corrosão, colocando em risco a sua estrutura e em última instância, a segurança das pessoas e bens.
O Regulamento do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos e Limpeza Urbana do Município de Ílhavo pode ser consultado AQUI.