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Aviso - Escaravelho da palmeira (Rhynchophorus ferrugineus)
A Câmara Municipal de Ílhavo alerta a população para a necessidade de aplicação de medidas de luta contra a praga do escaravelho da palmeira.
Este alerta surge face ao considerável número de palmeiras que nos últimos meses têm sido afetadas pela praga Rhynchophorus ferrugineus, no Município de Ílhavo, assim como em todo o território português, associada à elevada capacidade de multiplicação e disseminação do inseto.
No que diz respeito aos espaços públicos, a Câmara Municipal de Ílhavo encontra-se a promover um programa de ação com vista ao tratamento preventivo das palmeiras que se encontram sãs ou sem sintomas e ao abate e destruição das que já se encontram infestadas ou mortas, tendo em consideração o risco fitossanitário.
Assim, solicita-se aos proprietários que informem a Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) ou a Câmara Municipal dos casos suspeitos ou confirmados para que seja avaliada a possibilidade de recuperação ou a necessidade de abate e destruição da palmeira, cabendo aos proprietários a aplicação destas intervenções.
De referir igualmente que os tratamentos fitossanitários com os produtos fitofarmacêuticos homologados ou através de aplicação de produtos biológicos só devem ser efetuados por pessoas ou entidades devidamente credenciadas para o efeito.
Para mais informações, contacte o Gabinete Técnico Florestal pelo n.º de telefone 234 329 684 ou pelo e-mail gtfi@cm-ilhavo.pt.
Somente com a colaboração de todos é possível minimizar a praga do escaravelho vermelho.
Informação Técnica:
Descrição
Rhynchophorus ferrugineus (Olivier), vulgarmente conhecido como “escaravelho da palmeira”, é um coleóptero da família dos curculionídeos, originário das zonas tropicais da Ásia e Oceânia. Expandiu-se para o Médio Oriente e Norte de África nas décadas de 80 e 90. Foi detetado na Europa em 1995 (Espanha), e em Portugal em 2007, introduzido através de palmeiras infestadas originárias de países onde o inseto está presente (p.ex. Egipto) e importadas principalmente na região do Algarve.
Encontra-se atualmente disperso por diversas regiões do território nacional, incluindo o Município de Ílhavo. É um inseto que ataca várias espécies de palmeiras, tendo como principais hospedeiros no nosso país a Palmeira-das-Canárias (Phoenix canariensis), Tamareira ou Palmeira-das-Igrejas (Phoenix dactylifera) e, a palmeira de leque (Washingtonia filifera), provocando estragos importantes que podem conduzir à morte das plantas.
Sintomas
Uma palmeira pode estar infestada pelo escaravelho e não mostrar qualquer sintoma durante vários meses, pelo que não se pode assegurar que as palmeiras aparentemente saudáveis em áreas de presença do inseto não se encontrem infestadas. Os sintomas advêm da atividade alimentar das larvas no interior das palmeiras e, quando detetados numa fase avançada, a planta não tem capacidade de recuperar.
A presença do inseto é detetada através da observação de um ou vários dos seguintes sintomas:
. Coroa desguarnecida de folhas jovens no topo ou com aspeto achatado pelo decaimento das folhas centrais;
. Folhas do topo caídas com sinal de desigual inserção;
. Orifícios e galerias na base das folhas podendo conter larvas ou casulos com pupas e/ou adultos;
. Folíolos roídos e desiguais;
. Presença de orifícios na zona de corte das podas;
. Restos de fibras.
Meios de luta
A luta contra a disseminação desta praga é particularmente difícil em virtude do inseto se desenvolver no interior da planta o que lhe confere proteção contra a ação dos inseticidas.
A estratégia de luta passa fundamentalmente por:
. Detetar as palmeiras infestadas;
. Destruir cautelosamente as mesmas, incinerando-as;
. Realizar tratamentos nas palmeiras vizinhas sem sintomas;
. Capturar os insetos adultos com armadilhas.
Nota
Deve-se evitar a realização de podas e cortes na planta que promovam a exposição dos tecidos vegetais vivos, de modo a não atrair o inseto, principalmente nos períodos de maior intensidade de voo (março a novembro).
Salienta-se que:
. É urgente tratar todas as palmeiras na envolvente de um exemplar infestado;
. Todos os proprietários de palmeiras deverão estar atentos e verificar se apresentam algum sintoma de existência da praga;
. Deverá informar a Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) ou a Câmara Municipal dos casos suspeitos ou confirmados para que seja avaliada a possibilidade de recuperação ou a necessidade de abate e destruição da palmeira;
. Permitir o acesso aos locais onde se encontram os exemplares.
Fonte: Direção Geral de Alimentação e Veterinária