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A segunda tertúlia “Em Ílhavo acontece à sexta” tem lugar na Gafanha da Encarnação
No ano em que a Paróquia da Gafanha da Encarnação comemora 90 anos, o segundo encontro de “Em Ílhavo acontece à sexta” vai realizar-se, no próximo dia 20 de abril, pelas 19:00 horas, na Igreja da Nossa Senhora da Encarnação.
Esta conversa informal, em torno do património do Município de Ílhavo, terá como abordagem temática a Estátua da Nossa Senhora da Piedade sob o olhar do pároco Gustavo Fernandes, do historiador e especialista em escultura José António Christo e de uma mulher de um pescador da Faina Maior, Tina Marnoto.
Nossa Senhora da Piedade está ligada aos momentos de aflição daqueles que partem para a faina e um elemento importante da fé do povo pescador, sendo a sua estátua um tesouro que a sua Igreja guarda, obra que pertenceu ao extinto Convento de Sá (Aveiro).
Notas Biográficas
Gustavo Fernandes é natural do Casaínho de Cima, lugar da freguesia de Recardães, Águeda. A 10 de julho de 2016 foi ordenado Padre na Sé de Aveiro. O 1.º ano do Curso de Teologia foi feito em Coimbra e os restantes em Lisboa, na Universidade Católica Portuguesa, onde concluiu o mestrado em Teologia com uma dissertação sobre "A reforma conciliar do ofício Divino. Passos e desafios na Igreja em Portugal". Durante o seu percurso de Seminarista colaborou pastoralmente no Pré-Seminário de Lisboa, nas Paróquias de Nossa Senhora de Fátima e Vera Cruz de Lisboa e em Aveiro com a Paróquia de Ribeira de Fráguas, onde foi ordenado Diácono. Foi, durante um ano, administrador paroquial de Bustos e de Mamarrosa. Atualmente, é o Pároco da Gafanha da Encarnação e o Coordenador da Comissão para os Bens Culturais da Igreja. Exerce também funções como membro da Secretaria Episcopal e do Departamento de Informação e Comunicação da Diocese de Aveiro.
José António Christo é licenciado em História, variante História de Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1996). Técnico superior do Museu de Aveiro desde 1995 é atualmente o Diretor desta instituição. Tem diversos trabalhos publicados dos quais se destacam: “A vinda de Santa Joana para Aveiro e seu impacto local” (2013), “A Capela de São Domingos e dos Santos da Ordem no Convento de Jesus de Aveiro” (2011) na Revista Patrimónios; “Roteiro do Museu de Aveiro” - artigos/entradas: Coleções de pintura, desenho, aguarela, manuscritos, mapas e livro antigo, história e evolução do edifício do Convento de Jesus de Aveiro, Séculos XV-XIX, Iconografia da Princesa Santa Joana; “Apresentação do centro de produção (cerâmica) de Aveiro” em parceria com Cláudia Pinho e Melo, in: De terre et de feu. L’aventure de la céramique européenne à Limoges (2010); “Sacrários das Igrejas Paroquiais de Vale de Cambra - do Maneirismo ao Rococó”, Catálogo, em parceria com Maria Clara Marques e Luís Alberto Casimiro (2008); Entrada de Catálogo “Nascimento da Princesa Santa Joana”. In: O Tapete Oriental em Portugal (2007); “São Domingos Relicário e a Capela de São Domingos e dos Santos da Ordem”, Actas do Congresso Internacional Escultura Policromada Religiosa dos Séculos XVII e XVIII, estudo comparativo de técnicas, alterações e conservação em Portugal, Espanha e Bélgica; “História e Evolução da Policromia Barroca”, em parceria com Teresa Gómez Espinosa, Carlos Moura, António Martín Pradas, Michel Leftz e Maria Campoy Naranjo, in Actas do Congresso Internacional Escultura Policromada Religiosa dos Séculos XVII e XVIII, estudo comparativo de técnicas, alterações e conservação em Portugal, Espanha e Bélgica (2004); “Proposta para uma Exposição no Museu de Aveiro”, em coautoria com Cláudia Pinho e Melo, in Boletim da AMUSA, n.º 1 (1999); “Os paramentos nos Livros de Bolsa e Despesa da Santa Casa da Misericórdia do Porto - 1700 -1798”, parceria com Alexandre Matos, catálogo da exposição de prataria e paramentaria da Santa Casa da Misericórdia do Porto (1998); “Presépios em Barro - Séculos XVIII e XIX”, catálogo de exposição em coautoria, AMUSA (1996).
Tina Marnoto, como é mais conhecida, é a abreviatura para o nome de Maria Ernestina. Natural do Porto, viveu sempre em Ílhavo, esposa de marinheiro que frequentou a Faina Maior, e foi, durante 22 anos, auxiliar de ação educativa, 18 dos quais na Creche da Malhada. A sua grande paixão pelos trabalhos manuais é amplamente conhecida, especialmente a dedicação ao Macramé e trabalhos com nós, inspirados nas tradições náuticas locais. Dona de um talento sem limites, sempre dinâmica, criativa e bem disposta, Tina Marnoto ensina esta arte há mais de dez anos, tendo recentemente realizado, a título de voluntariado, formação nas Oficinas Criativas e nos Ateliers do Fórum Náutico. A sua participação em diversas exposições e certames de artesanato são também uma constante. A convite da Câmara Municipal de Ílhavo esta artesã esteve presente na FARAV, bem como na edição de 2009 do Festival do Bacalhau, onde milhares de pessoas tiveram oportunidade de conhecer e apreciar os seus maravilhosos trabalhos.