-
Início
-
Município
-
Comunicação
-
Eventos
-
Dia atual
- O nome da rosa
O nome da rosa
![O nome da rosa](/thumbs/cmilhavo2020/uploads/event/image/2415/O_nome_da_Rosa_1_770_9999_1_2500_2500.jpg)
![jan_o_nome_da_rosa](/thumbs/cmilhavo2020/uploads/content_image/image/58/jan_o_nome_da_rosa_1_2500_2500.jpg)
Teatro, por Pedro Zegre Penim. Com Rosa Mota, Mariana Magalhães, Pedro Zegre Penim, Hugo Van der Ding, Joana Magalhães, Mafalda Banquart, Xana Novais, Luísa Osório. Produção executiva Teatro Praga e Teatro Municipal do Porto
5,00€ | Desconto de 20%: grupos + 10 pessoas, séniores +65 anos, jovens até 17 anos, Cartão Jovem Municipal e Cartão Família
foto José Caldeira/TMP
O título do espetáculo refere-se ao romance do Umberto Eco, remetendo para o último capítulo do livro, em que Adso, um ancião, olha para o seu passado e chega à conclusão que todas as memórias e recordações que estimamos só nos lembram coisas que perdemos e que já não existem. O espetáculo olha para o passado de Rosa Mota, para a sua vitória quase iniciática em Atenas, e faz desse momento e desse passado glorioso um caminho para a abertura de significados no presente. Não se trata de uma biografia narrativa e linear. É uma Rosa dentro de uma Rosa dentro de uma Rosa, que no fim corta a Meta.
"A Rosa Mota é uma figura que acompanha toda a minha infância e adolescência. Lembro-me claramente de ver, pela televisão, as suas participações medalhadas nas Maratonas Olímpicas de Los Angeles [1984] e Seul [1988] e de sentir, através das reações eufóricas dos adultos, o entusiasmo patriótico “pela Rosa”. Acredito que o patriotismo no pós 25 de Abril começa a reconstruir-se e a regenerar-se à volta de figuras com projeção internacional como a Rosa ou o Fernando Gomes.
Neste processo criativo, comecei por investigar um momento-chave da carreira da Rosa, que é também um marco do desporto mundial, a Maratona Feminina de Atenas de 1982, a primeira a ser disputada num evento oficial internacional e que a Rosa vence. O facto de ter acontecido na Grécia não é de todo inocente [Maratona é, segundo a mitologia a cidade de onde parte Pheidippides, o mensageiro que deve anunciar, em Atenas, a vitória dos gregos contra os Persas. A distância entre as duas cidades marca, ainda hoje, a distância a percorrer pelos atletas].
Outro eixo importante é a palavra META, que, em português, designa o fim da corrida mas que é também a palavra grega da auto-referencialidade, do conceito sobre o próprio conceito. Quis ligar esse lugar do universo desportivo da Rosa a um lugar do meu universo criativo: um sintoma da criação artística mais recente que é o cansaço da meta (da metalinguagem, claro).
O título do espetáculo refere-se ao romance do Umberto Eco que foi adaptado para o cinema. No último capítulo do livro, Adso, um ancião, olha para o seu passado e chega à conclusão que todas as memórias e recordações que estimamos só nos lembram coisas que perdemos e que já não existem. E ilustra este pensamento com um provérbio em latim: stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus, e que significa: a rosa antiga permanece no nome, nada temos além dos nomes.
O espetáculo também pretende olhar para o passado da Rosa, para a sua vitória quase iniciática em Atenas, mas fazer desse momento e desse passado glorioso um caminho para a abertura de significados no presente, no momento do espetáculo. Nunca se trata de uma biografia narrativa e linear. É uma Rosa dentro de uma Rosa dentro de uma Rosa, que no fim corta a Meta."
Pedro Zegre Penim
Av. 25 de Abril
3830-044 Ílhavo
Tel: 234 397 260
E-mail: centrocultural@cm-ilhavo.pt
GPS: 40º 36'02.01" N | 8º 40'01.68" W
21h30