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Farol da Barra de Aveiro, 125 anos a colorir o mar
Inauguração de Exposição fotográfica e documental.
Entrada gratuita.
(fotografia da campanha Ria de Aveiro, da CIRA - Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro)
Foi em 1808 que houve a fixação, por mão humana, da Barra da Ria de Aveiro. Quase cinquenta anos depois, a 8 de janeiro de 1856 publica-se a portaria de António Maria de Fontes Pereira de Melo ("fontismo"), determinando que o Diretor de Obras Públicas do distrito de Aveiro, de acordo com o Capitão do Porto e com Diretor Maquinista de Faróis, escolhessem, perto da barra, local apropriado para o farol, cujo projeto e orçamento deveriam ser elaborados pelo Diretor de Obras Públicas do distrito de Aveiro – o eng. Silvério Pereira da Silva.
No entanto, apenas em 1866, dez anos depois, o inspetor de faróis Francisco Maria Pereira da Silva, defendia, formalmente, no seu plano de farolagem, a criação de um farol na barra da Ria de Aveiro:
“na barra de Aveiro é de urgente necessidade um pharol de grande alcance e da maior intensidade de luz, não só para esclarecer a extensa e baixa praia, que divide ao meio, com 60 milhas de litoral, em que as primeiras elevações se apresentam a uma grande distância do mar (seis a oito léguas), iludindo assim o navegador, que julga pelo aspeco d’esta porção de costa, achar-se ainda mais afastado de terra; mas também para poder atravessar uma atmosphera que se conserva sobre esta grande planície cheia de densos vapores, emanados tanto das areias humedecidas, como das marinhas de sal e das aguas que ali abundam na distancia de muitas milhas; convém que seja esta barra de Aveiro a posição escolhida para um pharol de 1ª ordem e que seja sustentado por um elevado e bem disticto edifício, para prevenir de dia os navegadores da sua aproximação. Este pharol ali collocado também dispensa outro, que era necessario estabelecer para indicar a entrada da barra d’aquelle porto.”
A 14 de outubro de 1870, é publicada nova portaria com a aprovação do plano de alumiamento geral da costa portuguesa, elaborado pelo conselheiro Francisco Maria Pereira da Silva e é de 1879 a data do projeto inicial do farol, de autoria do engenheiro Paulo Benjamim Cabral (que previa uma torre de secção octogonal de apenas 55m de altura), e o início da construção. A obra, foi dirigida primeiramente pelo eng.º Silvério Pereira da Silva e, mais tarde, pelo eng.º José Maria de Mello e Matos. Entrou em funcionamento em 31 de agosto de 1893, com as seguintes características:
- Aparelho lenticular de Fresnel de 1ª ordem (920mm de distância focal), produzindo grupos de 4 relâmpagos;
- Fonte luminosa - incandescência pelo vapor de petróleo;
- Fonte luminosa de reserva – candeeiro de nível constante;
- Rotação da ótica através de máquina de relojoaria;
- Torre de 62 metros de altura;
- A 66 metros de altitude;
É o 19º farol português a entrar em funcionamento, tendo a sua construção sido efetuada a expensas do então Ministério da Marinha. É o mais alto farol em Portugal e um dos mais altos do mundo, tendo 62 metros de altura e estando a 66 metros de altura. Nesse mesmo ano 1893, entrou em funcionamento o sinal sonoro, constituído por uma trompa Holmes, funcionando a ar comprimido e instalada no molhe.
Venha descobrir estas e outras curiosidades nesta exposição...
Largo do Farol, Praia da Barra
3830-753 Gafanha da Nazaré
GPS: 40°38'34.1"N 8°44'52.1"W
Google Maps: 40.642816, -8.747806
Inauguração da exposição - 18h00