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André Miguel Capote Sacramento
André Capote é um jovem artista plástico e professor de Arte e Design. Nascido a 17 de dezembro de 1977, no antigo Hospital de Ílhavo, André Capote desde muito cedo revelou uma forte sensibilidade para as artes plásticas.
Em criança foi bastante influenciado pelo mundo da pintura e escultura devido ao facto de o seu pai, José Sacramento, possuir uma galeria de arte (Galeria Grade), proporcionando assim a convivência com alguns mestres como Michael Barrett, Jaime Isidoro, Mário Silva, Artur Bual, entre outros.
O contacto privilegiado com o mundo dos artistas onde predominam cores, forma, estilos, tertúlias e tantas outras subjetividades filosóficas marcaram profundamente a alma artística e rebelde de Capote. A estadia desses artistas por alguns meses em Ílhavo, a preparar as suas exposições, cativavam André Capote a acompanhar as suas "aventuras" na criação artística. Assim, começou a desenhar e a pintar com 4 anos e, com apenas 8 anos de idade, já criava interessantes composições.
Concluídos os estudos secundários em Arte e Design, na Escola João Carlos Celestino Gomes, André Capote rumou a Coimbra para ingressar no curso de Belas Artes na Escola Universitária de Artes de Coimbra (E.U.A.C.). Neste percurso académico levou a efeito diversas atividades artísticas: realizou a sua primeira Exposição Coletiva em 1994 e Individual em 2001, fundou a Associação "A.E.I." Associação de Expressão de Ílhavo, foi baterista na banda rock Ilhavense "Natum Dei", participou e dinamizou diversas tertúlias entre Ílhavo e Coimbra. Expôs os seus trabalhos no Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Sintra e Ílhavo, obtendo alguns importantes prémios em concursos e bienais de pintura, ficando assim representado em diversas coleções privadas em Portugal e no estrangeiro. Edgardo Xavier, membro da Associação Internacional de Críticos de Arte, criticou assim a uma das exposições individuais de Capote: "(…) Acontece que os ídolos fazem história e, alguns deles, recuperados para novas linguagens, protagonizam mesmo o cerne de discursos sempre atuais. Disso é exemplo maior o trabalho de Andy Warhol que dá o mote às obras de Capote, o Pintor. Trata-se de um paralelismo incontornável que se espelha, ainda, numa sobreposição de gosto ou, se preferirem, numa estética vocacionada para os ícones da cultura popular que já cruzam a transvanguarda internacional. Cada povo tem os seus diletos mas a universalidade dos princípios abarca-os sem conflito.
De certo modo, é justamente isto o que Capote põe em confronto quando, recorrendo a escolhas aleatórias, redimensiona o problema dos ícones sociais fazendo-os parte inerente e interessada de uma comunicação já consensual. O tratamento e a cor, as texturas e a composição, o processo de raiz serigráfica e o jogo rítmico das figuras no espaço disponível, respondem pela sensibilidade deste autor cuja intervenção se pauta, predominantemente, pela necessidade de acerto cronológico e pela pesquisa que lhe valida o seu meritório percurso".
Seria bom podermos espreitar o futuro e observar a obra que este emergente artista da nossa Terra irá criar. Capote continuará a crescer como artista plástico e presentear-nos-á com a qualidade das suas composições visuais, marcando de forma indelével o panorâma artístico e cultural do Município de Ílhavo.
Março 2009