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Alexandre da Conceição
Alexandre da Conceição nasceu em Ílhavo em 1842, sendo filho bastardo do médico cirurgião Bernardino Simões da Conceição, natural de Balazaima-do-Chão, em Águeda.
Com apenas 22 anos, este ilustre Ilhavense já cursava a Academia politécnica do Porto, onde obteria, com elevada classificação, o seu diploma de engenheiro civil. Cedo se dedicou às letras, pois, já na mocidade, pertencia ao grupo brilhante de poetas da "Grinalda", convivendo com grandes vultos da literatura portuguesa, nomeadamente Guilherme Braga, Ernesto Pinto de Almeida, Manuel Duarte de Almeida e Pedro Lima, todos de uma notável geração de escritores portugueses.
Esta personalidade ímpar e multifacetada, além de desempenhar, com distinção, a sua profissão, foi ainda poeta de muito merecimento, primeiro da escola romântica e depois revolucionária, tendo sido fundador da literária revista "A Revolução", colaborador assíduo da revolução "O Século" e crítico literário de várias obras que, nesse tempo tão recuado, vieram a lume da ribalta literária no nosso país.
Autor de duas principais obras de poesia "Alvoradas" e "As Outonais", o poeta teve os maiores elogios dos literatos, entre eles, os de Cândido de Figueiredo e Camilo Castelo Branco.
Alexandre da Conceição faleceu na cidade de Viseu, em 1889, com apenas 47 anos, tendo o grau hierárquico de diretor de obras públicas.