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Ílhavo celebra Dia Nacional do Mar centrado na atividade bacalhoeira
A identidade do Município de Ílhavo, espelhada no lema “O Mar por Tradição”, assenta numa relação ancestral com o oceano, especialmente pelo impacto histórico, patrimonial, social e económico que a Pesca do Bacalhau sempre projetou no território e nas suas gentes.
Reveste-se, por isso, de especial relevância a comemoração do Dia Nacional do Mar, que terá lugar no dia 17 de novembro.
A Câmara Municipal de Ílhavo irá promover, nesse dia, um conjunto de iniciativas que marcam esta relação, passado e presente, com o oceano, seja pela sua vertente turística, cultural ou económica, envolvendo o Museu Marítimo, equipamento municipal emblemático desta relação entre Ílhavo e o Mar, e outros espaços público e privados do Município.
A programação deste Dia Nacional do Mar inicia-se às 09:30 com uma sessão de Yoga junto ao Aquário dos Bacalhaus, no Museu Marítimo de Ílhavo, destinada a famílias (limite de 8 adultos e 8 crianças com idades entre os 3 e os 7 anos), com o custo de 6,00 euros (um adulto e uma criança).
Enquadradas no ciclo “Sentidos de Mar”, este dia reserva duas iniciativas do programa de ações do projeto cultural em rede “Territórios com História: o mar, a pesca e as comunidades” e que envolve os municípios de Ílhavo, Murtosa e Peniche.
Às 10:00 horas, três “cicerones” de luxo vão guiar os participantes numa visita gastronómica ao Museu Marítimo de Ílhavo. Álvaro Garrido, Consultor do Museu e Professor da Universidade de Coimbra, José Gomes Ribeiro, antigo cozinheiro nos bacalhoeiros, e Patrícia Borges, chef e consultora gastronómica do Festival Gastronomia de Bordo, exploram um tema a que podemos chamar, no mínimo, “apetitoso”: os sentidos e sabores das pescas longínquas do bacalhau (ESGOTADO).
A outra sessão de “Sentidos de Mar” terá lugar às 15:00 horas, com início no Largo da Bruxa, na Gafanha da Encarnação, e consta de um passeio de bicicleta que incorpora uma visita aos estaleiros Delmar Conde e Carmonáutica. Os dois estaleiros representam posicionamentos muito distintos, ancorados nas tecnologias e técnicas do passado para melhor agirem no presente e se prepararem para o futuro. Esta visita orientada tem um custo de 8,00 euros (inclui guia, bicicleta e seguro), com inscrições limitadas e sujeitas a confirmação.
Às 16:00 horas terá lugar a inauguração da rotunda da Avenida dos Bacalhoeiros, na Gafanha da Nazaré, agora remodelada e com a escultura "O Dóri”, do artista Miguel Neves Oliveira.
Cerca de 1700 postais, editados ao longo do Século XX e que ilustram a orla costeira nacional, compõem a exposição “O meu país é o que o mar não quer”, de autoria de Paulo Palma, e que será inaugurada às 17:00 horas, no Museu Marítimo de Ílhavo.
Envolvido num panorama de imagens difundidas ao longo do século passado, o visitante encontrará um dispositivo ótico que revela uma totalidade espacial e temporal, construída para a possibilidade de múltiplas leituras. Embora os postais ilustrados sejam o espelho de uma determinada circunstância, o seu conjunto irá permitir perceber o processo de transformação da paisagem pelos agentes naturais, como a água e o vento, a importância da pesca na afirmação identitária nacional e a pressão da ocupação urbanística que acelerou o processo de erosão.
O dia ficará completo com a tertúlia, que sucede à inauguração da exposição, e que se debruça sobre três “Romances da Pesca do Bacalhau”: “Bilhete de Desembarque”, de José Cardoso, “Por entre as brumas de Newfoundland”, de Fernando Teixeira, e “Um Deus desfeito no Mar”, de Carlos Azevedo, são as três obras desta conversa informal que estreita a relação do Mar com a Pesca do Bacalhau.