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João Mário Grave
Nascido a 27 de novembro de 1955, na Rua João Carlos Gomes, mais conhecida pela “Rua Nova” em S. Salvador, Município de Ílhavo, no seio de uma família modesta, João Mário Grave frequentou a Escola Primária nº 1 (escola nova). Logo após a conclusão do ensino básico, iniciou a sua atividade profissional como marçano numa conceituada loj a situada na esquina da Praça da República com o largo do Oitão, de António Santana, em Ílhavo, pela necessidade de ajudar no sustento da família.
No entanto, a sede de saber motivou-o, aos 14 anos de idade, a matricular-se na Escola Comercial e Industrial de Ílhavo, em regime noturno, onde concluiu o 3º ano do curso de serralheiro.
Após ter cumprido o serviço militar, com o mar a chamar por si, emigrou para a Holanda onde embarcou na marinha mercante durante 5 anos. De regresso à Terra Natal, contraiu matrimónio, em 1980, na Gafanha da Encarnação, regressando de novo ao mar, desta vez para a pesca do bacalhau, efetuando duas viagens. É neste período de ausência da pátria que a sua inclinação para a música se acentua, com especial relevo para o fado.
Depois de breve passagem pelos Estados Unidos da América, onde tentou mais uma vez a sorte além fronteiras, tendo lá participado em vários espetáculos de música, nomeadamente ao lado de Anita Guerreiro e Nuno de Aguiar, acabou por se estabelecer definitivamente na Gafanha da Encarnação, terra de adoção por casamento.
Começa a frequentar uma casa de fados na praia da Vagueira do Sr. Armindo Fernandes, guitarrista de renome, onde se apaixona definitivamente pela guitarra portuguesa, e aprende com este os primeiros acordes do portuguesíssimo instrumento.
Em 1989 conclui o Curso de Técnico de Frio, no então centro de formação profissional Forpescas e dele fez a enxada com que granjeou o sustento da família. Regressa de novo à escola para concluir o Curso Complementar dos Liceus na Escola José Estêvão, em Aveiro.
A par da vida profissional, João Mário Grave é, desde a primeira hora, um participant e ativo e entusiasta de várias atividades de Associações, entre as quais a Semana de Fado Amador de Ílhavo, organizada pela Associação Recreativa e Cultural Chio Pó-Pó, contribuindo, com outros elementos do grupo a que se associou, para o sucesso da iniciativa.
Em 2008, participou no filme “Amália”, na célebre cena do Olympia (Paris), e atua na Casa de Fados "Adega do Emídio", em Canelas, há cerca de quinze anos.
Em 2010, este ilhavense, que tem a música no coração, apresenta publicamente, no Museu Marítimo de Ílhavo, o seu primeiro CD intitulado "Fado de Prata", após 25 anos em que, vencida a vergonha, começou a cantar em público um estilo de música que tem na saudade e nos acordes da guitarra o embalo do seu inexorável destino.
Maio 2010